Ao operar empilhadeiras, cuidado! Por isso, as Normas Regulamentadoras (NRs) citam regras para os operadores. Mas, o espaço físico disponível também precisa ser pensado para se ter uma movimentação de cargas segura. É aí que entra o conceito de corredor operacional.
É um espaçamento que fica entre estruturas de armazenagem e deve ter largura suficiente para permitir movimentos seguros dos equipamentos. A dimensão ideal depende da especificação de cada tipo de maquinário usado na operação logística.
Para empresas com corredores de operações estreitos, há uma boa notícia: “certas empilhadeiras podem operar em corredores com menos de 2 metros”. A afirmação é da IMAM Consultoria e no decorrer do artigo vamos explicar como calcular esse espaço.
Por que entender o conceito de corredor operacional?
Quem atua na área logística de uma empresa sempre busca soluções para tornar as atividades do setor mais eficientes. Isso significa: mais produtividade e menos custos. Juntos, empilhadeira e corredor operacional, podem contribuir com esse objetivo.
Assim, a questão acerca do corredor operacional é para quem já possui equipamentos de movimentação de carga ou para empresas que vão adquirir novos maquinários. O IMAM, mencionado na introdução, pontuou a importância do tema da seguinte forma:
“Embora modelos de equipamentos variem por fabricante de empilhadeiras, uma constante permanece: o enigma da largura dos corredores atuais é uma questão de escolher o equipamento de movimentação de materiais correto e não apenas economia de espaço”.
O fato é que não tem como dissociar os dois elementos: equipamentos e corredores. Afinal, um é importante para o trabalho do outro, de modo a aumentar a qualidade do processo logístico, tornando-a muito mais ágil e seguro. Além de permitir o aumento de capacidade.
Para trazer o assunto para a sua realidade, considere o que acontece em uma operação de carga e descarga de produtos que é lenta. Sem dúvidas, o tempo é muito valioso nesse trabalho e, por isso, uma preocupação dos gestores do setor.
Assim, o gargalo deve ser resolvido com uma tomada de decisão inteligente. A relação de equipamento-corredor é um dos estudos a serem feitos. Inclusive, a mesma saída pode ser encontrada para quem tem baixa capacidade de armazenamento e corredores pequenos.
Então, o que é corredor operacional?
O corredor operacional é o espaço indicado para a circulação de máquinas e equipamentos, como as empilhadeiras elétricas e outras. Geralmente, é um caminho transitável que fica entre porta-paletes e/ou outros tipos de estruturas de armazenamento, como prateleiras.
O uso de empilhadeiras nos indica uma estocagem vertical, isto é, para cima. Ou seja, esse maquinário serve para posicionar as mercadorias nas estruturas, otimizando o espaço disponível para guardar produtos.
Só que para ter uma operação produtiva, além do espaço otimizado com a verticalização, é preciso pensar em todo o design do estoque ou armazém. Os corredores operacionais fazem parte disso: estreitos ou grandes demais podem indicar menor eficiência do lugar.
As corretas dimensões dos corredores vão permitir vantagens como na maior agilidade de se estocar e retirar mercadorias, assim como em uma atividade mais segura. Dessa forma, vem a pergunta: qual a largura ideal para o corredor operacional? Vamos descobrir!
O cálculo do corredor operacional
Um dos fatores que mais influenciam no cálculo do corredor operacional é o raio de giro externo da empilhadeira (no caso das de contrapeso). Lembre-se que esse equipamento é direcionado pelo eixo traseiro e a dinâmica permite menos espaços para manobras.
Porém, essa parte traseira (contrapeso) fica fora do campo de visão do operador. O resultado é que ele se movimenta além da trajetória da roda traseira, tornando complexa a tarefa de saber por onde o contrapeso passará em uma manobra.
É nessa hora que entra o raio de giro externo. Ele é a medida entre o centro do eixo dianteiro e a face dos garfos, que fica na frente. Cada modelo de empilhadeira terá o próprio tamanho para o raio de giro, o que deve estar disponível no manual do fabricante.
Visto isto, temos um segundo fator importante: o tamanho da carga. Se a mercadoria for muito volumosa (overhang), há indicações para um corredor mais extenso. Se for menor do que o garfo do equipamento, então, usa-se apenas a empilhadeira na conta.
Por último, o terceiro dado relevante nesse cálculo vem da medida de folga, a tolerância. Ela serve para que o operador possa direcionar o equipamento até um limite máximo em curvas. E a ação também serve para fazer correções no trajeto do curso.
Dessa forma, temos o cálculo para o corredor operacional descrito da seguinte forma:
L = R + X + C + A
Para entender a conta, precisamos considerar o seguinte glossário:
- L: Largura do corredor operacional
- R: Raio de giro externo
- X: Distância entre a face dos garfos e o eixo dianteiro
- C: Comprimento da carga (ou dos garfos)
- A: Folga
É importantíssimo que se considere esse cálculo e não outras fórmulas prontas. O motivo é que cada equipamento tem suas próprias medidas, podendo exigir corredores de 1,8 metro a 4,3 metros, por exemplo. E uma decisão errada coloca a operação em risco.
A norma do corredor operacional
Será que existe alguma Norma Regulamentadora (NR) para os corredores operacionais? A NR 12 traz informações sobre a aplicabilidade de maquinários e os cuidados com os espaços de trânsito. Portanto, é a norma mais relacionada com esse tipo de questão.
Sobre os espaços entre estruturas e os maquinários, ela menciona o “espaço de segurança”. Assim, lembra da importância de se ter disponibilidade para que o manobrista possa fazer o manuseio seguro do equipamento durante uma operação.
Ainda com muito foco nos corredores de operações, cita a sinalização de segurança em todo ambiente de trabalho. Esse tópico se relaciona diretamente com outra norma, a NR 26.
E também há pontos que consideram um distanciamento mínimo entre máquinas, que deve ser de 60 a 80 centímetros para evitar encontros e prevenir tombamentos.
A relação dos corredores com os tipos de empilhadeiras
As empilhadeiras têm dimensões diferentes. Essa simples informação faz com que algumas sejam mais indicadas para corredores operacionais estreitos e outras, mais robustas, devem ser usadas apenas ao ter muito espaço para transitar, por exemplo.
Veja algumas características para entender a relação empilhadeira-corredor operacional.
Empilhadeiras com contrapeso
As empilhadeiras com contrapeso são mais conhecidas. Até porque são as mais vistas em lojas de atacado e estoques. Possuem quatro rodas e são contrabalanceadas. Podem elevar e manobrar as cargas em corredores maiores, a partir de 3 metros de largura.
Empilhadeiras de garfos articulados
A empilhadeira articulada é outra opção disponível e pode pivotar. Tem um ponto de giro que fica no próprio garfo e isso permite que a carga seja elevada de forma perpendicular. Para isso, tem que existir um corredor largo, mas não muito: a partir de 2,4 metros.
Empilhadeiras retráteis
Alguns tipos de empilhadeiras, as retráteis, também são viáveis para corredores estreitos, com 2,5 metros ou menos, podendo chegar a 1,8 metro. Outras opções de equipamentos têm elevadores que giram perpendicularmente ou em trilhos adjacentes.
Transpaleteiras
As transpaleteiras são operadas manualmente e movidas pelo operador. Os garfos se movimentam verticalmente com pistões hidráulicos. São comuns de serem vistas em mercearias, lojas de ferragens e agrícolas. São para corredores muito estreitos, também.
Conheça aqui todas as classes das empilhadeiras
Para saber mais sobre empilhadeiras
A atividade com empilhadeiras é uma decisão estratégica da indústria. A operação ganha mais competitividade com o uso assertivo desses equipamentos de movimentação em corredores operacionais de dimensões apropriadas.
E nós temos um checklist completo para operadores e profissionais da área que querem operar empilhadeiras com mais técnica e mais segurança. Você pode acessá-lo, gratuitamente, na imagem abaixo.