A movimentação de cargas é uma das atividades mais importantes e mais perigosas na logística interna das indústrias. Qualquer erro, mesmo que mínimo, pode causar avarias nas mercadorias, prejuízos financeiros e, inclusive, acidentes com pessoas.
Por isso, as medidas de segurança são necessárias para garantir que a operação seja rápida e apresente mais segurança, prevenindo falhas. O principal objetivo deste blog é trazer as principais dicas para alcançar a eficiência no setor.
Até porque o nosso país tem um índice elevado de acidentes e mortes em operações logísticas internas.
Os dados mais atualizados indicam que os acidentes de trabalho caíram 25% em 10 anos, conforme o Ministério da Previdência Social. No entanto, matam ao menos uma pessoa a cada 3h47min no Brasil, diz o Tribunal Superior do Trabalho.
Entendendo a movimentação de cargas na indústria
A movimentação de cargas é o processo que acontece na logística por meio do transporte de mercadorias entre áreas ou sistemas. Geralmente, vai da chegada de insumos até a saída do produto, direcionada ao cliente ou produção.
É importante entender que a carga e descarga em veículos fazem parte da movimentação, porém, não são os únicos momentos em que isso acontece. No setor, também há outras etapas que exigem essa ação, como:
- Recebimento das mercadorias;
- Armazenamento em locais específicos;
- Separação para processos seguintes;
- Carregamento para veículos de transporte; e
- Expedição para consumidor ou outra área.
Além de saber das etapas, é interessante observar que existem vários tipos de veículos de movimentação que podem ser usados no processo, cada um com as próprias aplicabilidades. Os principais são:
- Empilhadeiras;
- Transpaleteiras;
- Guindastes;
- Esteiras rolantes.
A partir deles, os movimentos acontecem de forma manual, mecanizada, automática, vertical ou horizontal.
Para todo caso, exigem-se profissionais capacitados para operar maquinários. Essa é uma das principais dicas para garantir a segurança logística.
Os riscos da movimentação de cargas na indústria
Ao movimentar cargas sem os devidos cuidados e técnicas, o principal risco é o de acidente. Além dele, existem as avarias das mercadorias, o prejuízo das finanças e os resultados negativos em toda operação, como atraso de entregas aos clientes.
Na prática, os principais exemplos são:
- Queda de materiais;
- Colisão entre equipamentos;
- Atropelamento de pessoas; e
- Tombamento de empilhadeiras.
Conforme o estudo do engenheiro Antonio Fernando Navarro, o risco é representado pela queda da própria carga e do veículo. Assim, “atingindo a carga, o veículo, as pessoas, o patrimônio e causando transtornos”.
Sabendo disso, as empresas devem aplicar as recomendações das normas regulamentadoras, estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Atualmente, entre as mais de 30 Normas regidas pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), as que mais se destacam na relação com a movimentação de cargas industriais são:
- NR 11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
- NR 12: Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
- NR 17: Ergonomia;
- NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Construção; e
- NR 26: Sinalização de Segurança.
As Normas Regulamentadoras (NRs) são documentos com procedimentos aprovados pelo Ministério do Trabalho. Portanto, devem ser seguidos pela indústria durante a rotina operacional. São pautados na saúde e na segurança dos colaboradores.
Na busca pela prevenção de acidentes e proteção à saúde dos operadores e profissionais envolvidos, essas NRs são de grande valia. Para se ter uma ideia, trazem informações como a sinalização adequada. Falaremos mais dessas dicas no tópico a seguir.
Realizando uma movimentação de cargas segura
Para que a operação do setor seja segura com relação à movimentação de cargas, o fluxo logístico precisa acontecer de modo planejado e baseado em medidas preventivas. Para entender mais disso, separamos o tópico em dois grandes pontos a partir das NRs.
Os maquinários e sistemas de armazenagem
Os equipamentos de movimentação de cargas podem colidir com outros maquinários, estruturas ou pessoas; gerando um grande risco ao setor. O que é ainda mais comum em locais onde os corredores operacionais são estreitos.
Por isso, agir de forma preventiva é a melhor forma de evitar esse problema.
Como? Uma das formas mais interessantes vem com o plano de manutenção preventiva. Dessa forma, os técnicos podem avaliar se os veículos estão funcionando da forma correta e se não há defeitos a serem ajustados rapidamente.
A inspeção visual é outra ideia. Inclusive, a troca de rodas faz sentido considerando os materiais mais resistentes e eficientes.
Atualmente, o poliuretano da Empotech tem esse diferencial: ser durável e trazer mais segurança para a operação.
Lembrando que toda máquina tem o próprio manual técnico de uso e informações. Assim, é possível entender as condições de cada equipamento antes de iniciar as operações.
Além disso, deve-se atentar ao uso de dispositivos de segurança e tecnologia. Por exemplo: sistema de detecção de pedestres, de câmaras e de sinalização.
No caso das empilhadeiras, há a obrigatoriedade de terem sinais sonoros, como a buzina.
A capacitação contínua dos operadores
Capacitar operadores é oferecer conhecimento para trabalharem a partir de conceitos, medidas e técnicas preventivas. Por exemplo, permitindo a chance de adquirir ou melhorar habilidades, como a de saber usar os acessórios de segurança dos maquinários.
Os treinamentos são mencionados, especialmente, nas NRs 11 e 12. Em um dos artigos, há a citação de que as empresas são responsáveis por capacitar especificamente o operador para poder atuar ativamente e de forma habilidosa com os maquinários.
Outro ponto importante é que esses treinamentos também colaboram com a ergonomia dos profissionais. Dessa forma, há uma diminuição ou, até mesmo, eliminação de riscos causados por esforço físico, atividade repetitiva e transporte de mercadorias pesadas.
O fato é que muitos detalhes impactam nos riscos de uma operação na movimentação de cargas. E o primeiro passo para prevenir (ou até mesmo saber solucionar) o problema vem com a capacitação. Afinal, é preciso aprender como trabalhar da forma mais segura.
Para saber mais desse assunto, temos um minicurso gratuito sobre como operar uma empilhadeira com qualidade e segurança. O curso é online e as aulas são enviadas por e-mail. O cadastro é muito rápido e simples, podendo ser feito na imagem abaixo: